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Meu antinatalismo em relação a favelas

 Algo que muitas mulheres no processo de amadurecimento mais sonham é a possibilidade de criar uma família do 0 com seus devidos maridos. Quando isso finalmente se torna realidade, elas acabam percebendo o quanto seus sonhos podem ser uma flor cheia de espinhos, caindo num abismo que é a realidade e encarando muitos problemas que vem do país em que elas vivem e da falta de preparação mental para desenvolver uma família. Por conta disso, várias vezes seus filhos nascem e crescem com muitos problemas de personalidade e comportamento, vindo da forma e o ambiente em que eles foram criados, desenvolvendo hábitos ruins conforme crescem e repetindo os mesmos erros de seus pais. Para explicar isso melhor, vamos analisar as raízes do problema.

No Brasil, algo bem comum é encontrar casas em condições precárias que necessitam urgentemente de reformas para se criar um ambiente melhor e que se dá para conviver, pois se não, o ambiente se torna um lugar extremamente prejudicial mesmo pra saúde de um ser humano adulto. Áreas degradadas em que quase sempre se tem moradias assim são as favelas, que são uma característica bem forte no Brasil. Tanto é que, de acordo com o IBGE, 8% da população brasileira vive em favelas. (Arquivo)

“Cerca de 17,1 milhões de pessoas vivem nas favelas brasileiras. Um grupo que, se somado, seria responsável pelo quarto estado mais populoso do país, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e representa 8% da população nacional.”

Favelas além de serem um péssimo ambiente para um ser humano viver de maneira saudável, sofre de outros problemas graves como miséria e uma comunidade tóxica, comumente tendo traficantes, ladrões, viciados e outros tipos de pessoas. Ainda assim, muitas vezes as pessoas criam filhos nesses lugares, que crescem e evoluem influenciados pelo ambiente em que vivem. Como esperado, filhos crescidos em favelas têm um comportamento horrível em comparação com uma criança vinda de fora em um ambiente saudável, isso não só torna a criança um problema em si, mas a faz crescer com ódio e rancor, pois várias vezes ela é discriminada não só por outras crianças em escolas mas também pelos próprios adultos, que a vêem, inevitavelmente, como uma má influencia, afetando sua socialização e aprendizado. Mesmo se a criança, milagrosamente, não sofrer discriminação na escola, ela ainda cresce com ódio pelo próprio ambiente em que foi criada, por conta dos muitos tipos de pessoas ruins que se há por lá. Ou então, ela aprende a se adaptar e crescer de acordo com o ambiente, em que ela tem uma grande chance de se tornar um dos tipos ruins de moradores de favelas citados. Por exemplo, ela pode começar a fumar na infância, fazer uso de drogas, até mesmo pegar numa arma de fogo sem ter nem 14 anos. (Arquivo)  Com isso em mente, sabemos que a criação de uma criança nesse tipo de ambiente é obviamente um desastre tanto pra a mente dela tanto pros pais, que na maioria das situações não tem dinheiro o suficiente pra apropriadamente cuidar da criança. Para finalizar, vou adicionar mais uns detalhes.

Em um artigo do Terra sobre o Complexo da Maré (Arquivo), é citado o fato de 7,8 milhões de crianças estarem vivendo numa situação de miséria.

Em 2021, havia 7,8 milhões de crianças em situação de pobreza, e 2,2 milhões em situação de pobreza extrema. Entre as negras a taxa de pobreza era de 54,3%, e a taxa de pobreza extrema ficava em 16,3%.

Considerando os fatos descritos neste artigo, por que um casal teria sequer a ideia de ter um filho e criá-lo num ambiente desses, em que eles mal podem lidar com a própria pobreza? Algo que ocorre muito é a criança criar traumas de infância vindo desse tipo de ambiente, em que tiroteios e mortes acontecem frequentemente. Por que fazer com que uma inocente criança tenha que lidar com coisas assim, mesmo sendo tão nova? Não faz sentido, na minha opinião. Por mim eles deveriam ao menos dar um jeito de sair daquele ambiente para morar em um melhor. Claro, não é uma tarefa fácil, afinal há a questão da pobreza e afins, mas afinal, se eles não conseguem cuidar de si mesmos apropriadamente, então por quê ter um filho? No que crescer ali beneficiará a criança? De acordo com o artigo do Terra citado, a população da área convive com a presença do Comando Vermelho, que é uma facção criminosa bem perigosa existente no Brasil, e há um caso de uma facção criminosa que impiedosamente desmembrou e executou uma criança de 14 anos (Famoso vídeo Mangue 937, mas não vou pôr o link para não ter chance desse artigo der derrubado por gore). Sabendo dessas circunstâncias desumanas, crescer uma criança nesses ambientes, em minha total honestidade, deveria ser um crime, mas afinal, é a isso e coisas piores que as pessoas acabam a expondo.